Este texto é um registo de algumas memórias significativas do Encontro Artístico “Gerações Brilhantes”, organizado pelo Théâtre Massalia e pela ASSITEJ França, em março de 2025. Utilizarei um método que me permitirá, por vezes, referir-me a algumas experiências pessoais – tanto relativas à minha ligação com a ASSITEJ quanto a momentos marcantes do ASSITEJ Artistic Gathering (AAG); afinal, era também o meu 60º aniversário. Uma vez que estiveram presentes 819 delegados de diferentes países, mencionarei algumas pessoas pelo primeiro nome, para que simbolizem todos nós que, em conjunto, tornamos este encontro marcante, reforçando a importância dos diferentes fios que compõem o tecido da ASSITEJ (no final do texto, se pode ler seus nomes e a parte da Associação que representam neste texto). Faço-o também para simbolizar uma frase que esteve presente nos discursos de Émilie (Théâtre Massalia), Fanny, Anabelle, Christophe (Scènes d'enfance - ASSITEJ França) e Sue (ASSITEJ Internacional) na abertura do evento: somos uma grande família.
Este texto é um registo de algumas memórias significativas do Encontro Artístico “Gerações Brilhantes”, organizado pelo Théâtre Massalia e pela ASSITEJ França, em março de 2025. Utilizarei um método que me permitirá, por vezes, referir-me a algumas experiências pessoais – tanto relativas à minha ligação com a ASSITEJ quanto a momentos marcantes do ASSITEJ Artistic Gathering (AAG); afinal, era também o meu 60º aniversário. Uma vez que estiveram presentes 819 delegados de diferentes países, mencionarei algumas pessoas pelo primeiro nome, para que simbolizem todos nós que, em conjunto, tornamos este encontro marcante, reforçando a importância dos diferentes fios que compõem o tecido da ASSITEJ (no final do texto, se pode ler seus nomes e a parte da Associação que representam neste texto). Faço-o também para simbolizar uma frase que esteve presente nos discursos de Émilie (Théâtre Massalia), Fanny, Anabelle, Christophe (Scènes d’enfance – ASSITEJ França) e Sue (ASSITEJ Internacional) na abertura do evento: somos uma grande família. Foi neste sentimento de acolhimento que me aproximei da ASSITEJ pela primeira vez, participando nas “Oficinas de Temas Tabu” – um projeto concebido por Maria Inés e Katariina em 2008, em Caracas, na Venezuela – que proporcionou lições inesquecíveis a todos os participantes, gerando amizades que permanecem e que nos fazem sentir como a “família tabu”.
Em 2014, representei o Brasil no 18º Congresso Mundial da ASSITEJ em Varsóvia, Polônia. Essa foi a minha primeira experiência como delegado em um congresso da Associação. Fiquei ao mesmo tempo encantado com a força da representatividade daquele encontro e assustado com toda a estrutura organizacional que envolvia tantos países. A partir desse evento, aproximei-me da Rede Ibero-americana e pude fazer parte do fortalecimento desse coletivo ao longo dos anos. Assim, me envolvi, tanto em nível nacional, integrando o Comité Executivo da ASSITEJ Brasil, como em nível internacional, participando de reuniões, congressos e das várias redes.
A nossa intensa semana em Marselha trouxe-nos muitos momentos de celebração em família. Aniversários também são momentos para celebrar conquistas. Pudemos acompanhar o legado do Congresso em Cuba no país e na região. Dayana, Irene, Kenia e Rachel – com a participação especial de Bebê, que ressaltou a importância do Programa de Intercâmbio Profissional na programação – revelaram o grande impacto do 21º Congresso Mundial.
Para além do excelente programa de espetáculos e de intercâmbios profissionais do AAG, o encontro artístico também nos permitiu olharmo-nos para dentro de nós. Nas três sessões do Encontro Artístico, Jon, Julia e Theis recordaram-nos a importância de estarmos sempre abertos a todas as formas de comunicação e de tentarmos quebrar as barreiras das diferentes línguas. Esta mensagem simples, que surgiu no âmbito do exercício de tradução para francês, simboliza um eixo importante que orienta os debates e as atividades da associação: a procura da equidade.
Os Centros Nacionais puderam reunir-se e estabelecer importantes intercâmbios, reforçando a nossa preocupação em fortalecer a participação dos atuais membros e a adesão de novos. Na reunião que tivemos com as Redes Profissionais Internacionais da ASSITEJ, Vigdís coordenou uma atividade em que as redes tinham de escolher um objeto que representasse o seu trabalho; Claire e eu escolhemos linha e agulha para representar a ITYARN, simbolizando a ideia de tessitura, da articulação de ideias e pensamentos. Mas Diana contribuiu com uma imagem ainda mais poderosa: a de um patchwork; somos plurais, feitos de diferentes estampas, mas juntos, formamos um belo e poderoso todo.
Todas estas atividades do programa recordam-nos a amplitude da nossa associação e o potencial de expansão e a procura de uma participação ainda mais equitativa dos diferentes membros que compõem esse patchwork.
Tive também a oportunidade de assistir à exposição de uma ideia simples e extremamente poderosa proposta pela rede Write Local. Play Global. Cleiton, Ginni e Karin apresentaram o resultado do seu convite à apresentação de propostas para uma experiência poética, combinando imagem e texto. Finalizo este breve e livre relato da nossa festa de 60 anos, inspirado por esta proposta:
Nasci em 1 de abril de 1965 em Porto Alegre, no sul do Brasil. Não fazia ideia do que viria a ser a ASSITEJ. Mas hoje, aos 60 anos, me dá uma espécie de conforto e aconchego para este bebê da foto (eu próprio), ao pensar que um grupo de pessoas, poucos meses depois, criaria um coletivo tão forte, dedicado aos direitos das crianças ao acesso à arte e à cultura. Como também sou aniversariante, ao soprar as velas do bolo, tenho direito a um pedido: que a nossa associação chegue cada vez mais a bebês, crianças e jovens de todo o mundo. Feliz aniversário!!!