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Acabamos de retornar de um Encontro Artístico na China que foi um grande sucesso. Cerca de 500 representantes da China e do resto do mundo reuniram-se para experienciar teatro e explorar nosso tema para este ano: “Rumo ao Desconhecido – Imaginando o Futuro”.
Através de um processo interativo, habilmente conduzido pelo grupo de trabalho em Projetos do Comitê Executivo, juntos os representantes criaram sua Grande Muralha dos Sonhos, e a partir disso construíram um manifesto para profissionais do Teatro para Crianças e Jovens, que você pode ler, compartilhar e discutir nesta newsletter.
Um dos temas que ganhou destaque nestas conversações na China foi o tema da inclusão – o que queremos dizer com isso e como nossos centros nacionais podem melhor praticá-la? O que é possível? No maior país do mundo, como o teatro para crianças e jovens pode ser verdadeiramente inclusivo – para todos os artistas trabalhando na área – ou desejando trabalhar na área – e para todos aqueles que querem apoiar esse trabalho e vê-lo tornar-se realidade? Como ele pode ser inclusivo para todos os públicos potenciais, em um país tão vasto e populoso… ?
E é claro, enquanto estas questões aplicam-se à China, elas simplesmente se multiplicam quando consideramos o teatro para crianças e jovens em todo o globo.
Uma chave para a inclusão foi oferecida, eu acredito, por um dos pequenos grupos que trabalhou na elaboração do manifesto. A ideia foi expressa no manifesta desta forma: “Nós também vemos nossos colegas artistas com um espírito de generosidade, compartilhando ideias, recursos e perspectivas para nos tornarmos mais fortes”.

 

Este espírito de generosidade é a chave para incorporarmos a inclusão no DNA da ASSITEJ. A generosidade é a antítese do medo. Medo de perdermos nosso status, medo do outro, medo do novo, medo do desconhecido. Quando acolhemos o outro com generosidade, nos abrimos para o aprendizado, para encontrarmos caminhos para o trabalho conjunto e para incluirmos aqueles que haviam sido excluídos anteriormente. É esta generosidade que nós precisamos fortalecer e celebrar em cada centro nacional e rede da ASSITEJ.

 

Nossa constituição já nos mostra o caminho – ao nos referirmos às categorias de membros da ASSITEJ como sendo os profissionais os não-profissionais, ativamente engajados no Teatro para Crianças e Jovens e todos os interessados no Teatro para Crianças e Jovens, bem como aqueles que o apoiam, ela nos apresenta um modelo de como os centros nacionais podem ser inclusivos. Ao recusarmos a exclusão com base em “idade, gênero, etnia, ser ou não um portador de deficiência, orientação sexual, identidade cultural, país de origem, convicções políticas ou religiosas” ela também aponta para este espírito de generosidade. (E talvez nós devamos incluir também nesta já longa lista status econômico e localização geográfica)…

 

Nossa constituição nos oferece um modelo de generosidade pelo qual podemos aprender uns com os outros, onde temos recursos, conhecimento e contatos que devem ser compartilhados para o bem de todos, e cujo compartilhamento nos torna finalmente mais fortes como redes locais e como uma rede global.

 

Eu me sinto privilegiada por trabalhar em um Comitê Executivo no qual este espírito generoso é praticado em cada encontro e em cada oportunidade de trabalho. Eu acredito que esta é uma das coisas mais interessantes a respeito da ASSITEJ e o que atrai muitas pessoas para se engajar no trabalho. Vamos encontrar formas de encorajar este espírito em tudo que nós fazemos, enquanto corajosamente caminhamos “rumo ao desconhecido”.

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